Assoma-me um medo agora de um galo de quintal
ante a perspectiva da chuva na madrugada,
um pavor das tintas caindo do lençol,
um vislumbre do futuro onde serei escrava de jó da sorte
um terror de que somente as minhas mãos envelheçam
e que eu só envelheça, sozinha, internamente...
Se eu tivesse um bem, chamaria o meu bem de meu bem
e me acobertaria, presa em seu ombro qual a libélula do meu casaco
Mas o meu bem é a libélula desconsiderada que voou
árvore que secou, fruto que não madurou
partícula de átomo que não detonou...
Para a minha voz de hoje, um sopro por entre os dentes,
para o meu amor, um frasco de perfume pelo meio
para o meu suspiro de agora, um longo descontentamento
e para o meu medo, um choro por dentro.
4 comments:
Se o Goofy fosse gente este poema seria perfeito para ele....
Postei agora um poema seu, mas perdoa: Mudei o nome.
Pq não está escrevendo?
Não está tendo tempo de escrever ou trabalhando muito ou sem inspiração?
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