O TEMPO
Amanhece a quarta feira, morna
O tempo não me pareceu se importar em fazer frio
como fez na semana passada
O tempo não precisa de desculpas,
de justificações exatas,
de coerências sutis ou alargadas
O tempo faz aquilo que necessita fazer
ou o que lhe aprouver fazer, sem me informar.
Quisera eu ser o tempo de ar
que ora vem e acalora,
e ora vai e resfria o mar,
as paredes dessa casa,
meu coração que já se encontrava gelado
e que agora, palpita de precipitações eloquentes;
não sabe o meu coração esfriar,
nem esquentar o meu meio.
Meu coração é seixo de rio,
aonde não entra vento.
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