29 June 2009

POEMA DO PEDIR

Nunca soube o que pedir
a não ser que o pedir
seria o melhor das coisas...
Então eu pedi os ventos,
e os ventos avizinharam-se;
Pedi um castanho nas árvores,
e as árvores misturaram
o que sabiam em zinabre;

pedi suores de amor,
os amores chegaram-me
trazendo as afluências
de cantilenas usadas,
velhas, tôlas, antiquadas...

Sabia que teria que pedir perdão,
mas como o perdão não vinha
deixei para pedir o sol;
um sol que concretamente esquentasse
aquilo que congelara.


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