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Vim de tão longe,
e de onde vim
não havia o trabalhoso fardo,
esse que agora eu conheço.
Vim de tão longe,
e quando vim,
não percebi
aquilo que já me contavam:
que esse é mundo é grande,
agora o sei
e que as pessoas matam,
também já entendi,
posto que já me mataram por cem vezes
e por cem vezes, já morri.
Atento-me para a prolixidade deste mundo,
e do lugar que vim,
nem mesmo sobrou lembrança
- talvez um pouco de saudade -
mas saudade sem lembrança,
é só melancolia.
1 comment:
Cecília,
Vim de tão longe,
e quando vim,
não percebi
aquilo que já me contavam:
que esse é mundo é grande mas as sementes (de pitanga) se espanham semeando poesia,...e se nos matarem, mil vezes nasceremos!
Lindo poema!
Um abraço, Marluce
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