29 March 2012

POEMA 1





De quando fui menina,
nem sarda restou
As palavras boas
que aprendi
deram-me luz e sapato de salto.
Se os gestos de menina
eram vigorosos,
foram apenas largos gestos para dentro de mim;
e hoje eu agarro as folhas mais altas
dos coqueiros imperiais que margeiam o rio.
No fundo, no fundo, tudo é ilusão...
Quem foi mais feliz, a menina sardenta
ou a mulher de agora que dança?
Ninguém sabe de felicidade, enquanto vive.

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