A pedra quebra a tesoura
Que corta o papel
Que embrulha a pedra;
A pedra tesourou à uma pedrada
O papel cortado e embrulhado
Feito eu, papelzinho amassado
Debaixo do seu poder, tão humilhado
A tesoura que cortava o papel
Se quebrou na curva da estiletada
Sobrou a pedra, no seu canto, indignada
Por não exercer mais em mim o peso da maldade
O papel coitadinho, que sou eu
O amassado material tão desprezado
Foi mais forte, elevou-se à condição de pedra
E agora arremessa todos os seus dardos
Quebra a tesoura, que é você,
E embrulha-se na pedra, que sou eu, em duas vezes,
E duas vezes,
Que corta o papel
Que embrulha a pedra;
A pedra tesourou à uma pedrada
O papel cortado e embrulhado
Feito eu, papelzinho amassado
Debaixo do seu poder, tão humilhado
A tesoura que cortava o papel
Se quebrou na curva da estiletada
Sobrou a pedra, no seu canto, indignada
Por não exercer mais em mim o peso da maldade
O papel coitadinho, que sou eu
O amassado material tão desprezado
Foi mais forte, elevou-se à condição de pedra
E agora arremessa todos os seus dardos
Quebra a tesoura, que é você,
E embrulha-se na pedra, que sou eu, em duas vezes,
E duas vezes,
Sou eu, papel e pedra
Duplamente forte,
Eu venci a guerra.
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