Para rezar o terço,
diminuí meu nome
que é tão extenso,
esse meu grosso nome...
Para rezar o terço,
diminuí meus braços,
que são tão extensos,
esses meus fortes braços...
Para rezar o terço,
diminuí os versos
e só falei de anseios,
de pedir perdão,
para murmurar as faltas
e eram tão ricas as minhas palavras!
Para rezar o terço
falei de mim
e quando falei de mim
reduzi-me a nada
Só a divindade espia
quando o terço cria
a linha de pecados
que a corda que expia.
Para falar de mim,
fugi de de mim
falei do terço
que arrebata,
e que acolhe
o meu nada,
4 comments:
Divino!
Divino!
Olá Cecília, que tudo esteja bem contigo, sempre!
Bela postagem, repleta de fé.
E somente assim podemos existir, acreditando que existe alguém com poderes infinitamente superiores, e que nos pode acudir sempre que necessitamos. Nada somos sem qualquer fé!
Agradecido por tuas visitas eu desejo sempre a você e todos ao redor intensa felicidade, abraços e até mais!
Magnífico texto, Maria Cecília. Encantei-me sobremaneira pela profundidade do pensamento, e que vai, quiçá, além da fé. Um de teus melhores textos que conheço, minha querida amiga, com toda certeza. Parabéns!
E quando puder, dê um pulinho às minhas modestas linhas, há sempre algo de novo por lá.
Um grande abraço,
André
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