26 September 2006

SEM TEMPO


Hoje não terei tempo para escrever
Muito menos prá devanear
Coisa que mais gosto de fazer
O fazer nada, o olhar de peixe morto
Como dona Mariquinhas me alertava
Que eu tinha, que ainda tenho,
Olhar de busca nunca terminada
Mas o que fazer de mim, Dona Mariquinhas?
Caso perdido, poeta encasquetada!
Assim, me revisito em meus poemas
Com igual sentimento quando foram feitos
Somente me lembrando de alguns versos
Frases que fiz
A ordem das palavras,
O núcleo do coração em V
Os sons em rebimbadas

Como é delicioso ser poeta
Meus poemas, eu carrego todos
Os que eu fiz, os que farei
Esse que eu faço agora,
Onde eu vou,
Onde eu estou,
Onde quer que meu coração esteja.

No comments: