26 April 2010

O POEMA


Que saudade dos fracos!
Daquelas falinhas deles de desculpas,
Que saudade das despesas que me dão,
dos sorrisinhos amarelo baião de tanta gentileza!
Onde estão os fracos, meu Deus?
Todos aqui à minha volta têm brincos de rubi
e sapatos novos.
A minha fraqueza está sem par,
e desemparelhada, dói.

21 April 2010

LUZ


Até o meio dia deste feriado
minhas células darão a festa do pijama
imaginando a listras grossas de ressaca.
Se o relógio tiver que bater três horas
o céu anunciará uma sexta feira santa
chumbo que pesará por sobre meus anéis.
E eu cantarei a cantiga das horas
-aquelas que combinam com a cor dia -
Se há luz, luz haverá,
ilusionismo de luz, na sua falta.