30 June 2008

TRANSPASSADO


Que mulher eu sou?
Que pessoa eu sou?
Que ser imaginário eu me transformaria?
Se Deus me traduzisse
e se o mundo pudesse me ver como
se vê da cena, um ato
eu seria agora um pássaro que estivesse morto
em meio à rodovia
Os carros passam e alguns se desviam
Outros me passam e sem dó me transpassam
Mas o que sei
é que fui pássaro,
na essência mais rica que um pássaro pôde ser
Livre,
contudo, transpassado.

CORAGEM


Invariavelmente venho recebendo mensagens do mais puro carinho;
As pessoas que conheço e não obstante, as que não conheço bem
e ainda as pessoas que me são muito estranhas
sorriem me um sorriso benévolo, consolador
compromissado,
repleto de signos emblemáticos
que fosse como fosse
embora haja aqui tanta solidão
estivessem, em cadeia, me dizendo,
"Coragem"!

26 June 2008

RAZõES OUTRAS QUE ENVOLVEM ESTRELAS


Por razões outras que não vem ao caso
todas as constelações de estrelas novas
feneceram dentro de mim
antes de atingirem a grandeza.
Morreram anãs;
com aquela sensação nano-perdida de estranheza
Talvez nem tivessem partido, embora fenecidas;
talvez ainda estejam dentro de mim,
no brilho embaçado de mim mesma.

POEMA DA VAIDADE


A minha vaidade
de toda uma vida
resumiu-se num pingente
único, de bronze revelado
ostentado por sobre o meu peito
Nele está inscrito:
compaixão e medo.

25 June 2008

A NEGRINHA DE SOMBRINHA

Ah, o andar com sombrinha,
fazendo sombrinha no chão...
Nada é mais poético do que a cena
de uma mulher negrinha, de canelas finas
segurando a sombrinha vermelha
embicada em uma das pontas.
O sol sobeja-se sobre o tecido luminoso
concendendo-lhe uma tímida majestade
um ar de quem espiga nobreza
e levanta as condescentes mãos
e a negrinha nem sabe
que modificou a alma dessa poeta
que viu o que ninguém pôde ver;
Poesia viva, exclusa,
sentimento meu que caminha
e vibra,
que contorna as curvas
do que eu julguei
mais lírico em poesia
do que fosse eu.

POEMA DE NASCER-SE LIVRO



Onde nascem os livros
está a inteligência que conheço
que uma hora me atrasa a consciência,
e outra hora, me emburrece o freio.



PALAVRAS QUE LEVAREI COMIGO


Existem 4 coisas na vida que não se recuperam:

- a pedra, depois de atirada;

- a palavra, depois de proferida;

- a oportunidade, depois de perdida;

- o tempo, depois de passado.

21 June 2008

POEMA DA NÃO-LIBERDADE


Saberei fazer tricô
quando me envelhecer depressa
Os pontos que darei serão
os cardeais que me nortearam
para um caminho imprudente
e os nós
serão como fomos nós
atados, mas aprisionados
na não-liberdade que me tramou.


BORBOLETA PACATA


Deus acordou como eu acordei hoje
zangando tudo;
promoveu uma mudança
nas leis eternas
já que a mudança é
a instrínseca parte da melhoria
resolveu na sua santidade
que dia de sol é dia de sol
nao obstante as tempestades internas
que me assomam
No mais, acatei o que Deus determinou
porque em santidade não se mexe
e em vida de desvios,
a mim não compete adiar
O sol brilha lá fora
e a minha zanga já se esvanece
Graças a Deus que tenho um Deus para me apoiar na mudança
por mim, ficaria estática como a borboleta preta
que fincou morada na minha janela
tem três dias que venta e amanhece
ela não sai do lugar
Meu coraçao é condutor
e minhas pernas são a borboleta pacata
Se eu for pra frente, eu vingo
se eu ficar, me demoro,
mas assim vivo.

20 June 2008

POEMA EM DIA DE CHORO


Não obstante se eu choro
A natureza, por mim, não se modificará
Tudo ao me redor permanecerá
como previsto
as chuvas choverão
o frio esfriará
e a lanterna de vidro
será inútil quando o dia amanhecer
No entanto, aqui dentro;
chove-me angústias de além-mar
esfriam-me os cataventos
e a lanterna de vidro, de dentro de mim
de pouca valia,
se acenderá.

19 June 2008

O TEMPO

O tempo,
esse animal assombrado
uiva de noite
e uiva de dia
por falta de melancolia
Minha figura,
essa mistura de sentimentos
pendurada em manequim de costura
apenas se enferruja
Ignoro o que dói mais
se é a velhice que assusta
ou se o tempo que cura.

16 June 2008

VERDE DE MATURIDADE


Maçãs verdes, imaturas
por sobre a bancada
reluzem
Meu espírito de contradições tortas
no interior do meu corpo
recorre à luz
e em falta da luz,
esse espírito sofre.
Em busca de sabedoria
refiz-me em parte
e ainda assim,
verde de maturidade

15 June 2008

DESELEGÂNCIA


Aprendi a elegância com os pardais
Soltos estão
e não me aborrecem, nem me destratam
Arvoram-se, de fato
Aprendi a deselegância comigo mesma
Isolada e triste eu estou,
e me maltrato.

13 June 2008

PEQUENINAS DE MELANCOLIA


Minhas coisas
minhas pequeninas coisas,
as minhas melancolias...
São o que magnifico
e o que monstruo,
Mas são coisinhas
pequeninas de melancolias.

POEMA DA ALMA


O que tu chamas de alma
eu chamo de véu transparente de vivência
Um dia, era de tarde
um sol de caldo caía sobre a cidade
Eu vi uma abelha que se chocou contra a vidraça
e desfaleceu ali, sem que ninguém notasse;
a não ser eu, pelos olhos brilhantes e vermelhos da curiosidade
Não sorri, nem me vinguei da vida
por ter retirado do ar aquela que voava.
Naquele momento, pude entender a existência
O que está, pode não mais estar
O que não estava, nasce de repente.

POEMA PARA OS CORAÇÕES INSIDIOSOS


Porquê temos um coração insidioso
joguemo-nos na oposição da riqueza de alma
Façamos como os príncipes
em dia de calamidades
tornemo-nos quietos, acovardados
ocultos, por trás das sombras
até que passem os ventos da adversidade

12 June 2008

POEMA DA VIRTUDE


O que deseja minha alma?

A virtude

E o que deseja a virtude?

A beleza da alma

E o que reside na beleza?

A calma.

AMOR DE MÁRTIR



Faria de um sentimento um mártir
que morre em rosas
Se há paixão, há uma dor de paixão
e se há sofrimento
há que se buscar o extâse dentro do sofrimento
Porque tudo que se move, ama,
e tudo o que respira, vibra
Meu coração anseia por entender
e decifrar o executor
de quem me causou este deslumbramento
Se amo, vivo
Se não amasse,
ainda assim
vida de propósitos pelo seu ser
eu exerceria
Posto que não há mistério que se valha
nem há mandinga que desfaça
O que é, resta profundo
na solicitude da intenção da rosa
efêmera e transitória;
como um amor roubado.



11 June 2008

LONGE DA PÁTRIA


Estou longe da minha pátria
Batem-me os sinos de saudade
e chegam até mim os ruídos familiares
de tudo o que amei
Estar longe da minha pátria
não me assegura somente a intranquilidade...
Sei que se voltar,
reassumirei meu posto comum de convivência
e se não voltar,
adormecerei com o sopro da reminiscência
a me atordoar
Não foi preciso deixar a minha terra
para me sentir expatriada
Minha alma é que é estrangeira
e fala línguas desastrosas
Sinto-me terrivelmente só
onde nasci e sempre estive;
Os que me vêem pensam que fui,
os que não me vêem, nunca me bastaram
Sou a pessoa em trânsito de terras áridas
meu passaporte está carimbado em tintas
escuras dentro da alma,
e a minha nacionalidade, grita, indignada.
De onde eu sou, frequentemente parto;
de onde eu vim, rejeito e reparto.


QUANTO VOCÊ QUER O QUE VOCÊ DESEJA?


Um jovem perguntou a Sócrates como podia alcançar a sabedoria. Sócrates disse-lhe que o acompanhasse e levou-o a um rio, onde mergulhou a cabeça do jovem dentro da água e assim a manteve até que ele se estivesse agitando para respirar, soltando o então.

Quando o jovem se recuperou, Sócrates perguntou-lhe: "O que você mais quis quando estava com a cabeça dentro da água ?"

"Eu queria respirar.", disse o jovem.

E Sócrates declarou : "Quando você quiser a sabedoria tanto quanto queria respirar quando estava mergulhado na água, então a receberá."

Da mesma forma, quando você possui realmente um desejo intenso de superar qualquer obstáculo em sua vida e chega à conclusão definida de que há uma saída e de que vai encontrá-la, então a vitória e o triunfo estão assegurados.

Se você realmente deseja paz de espírito e serenidade interior, você as terá.

06 June 2008

SEDUÇÃO


Falemos hoje de sedução;
Um pingo d´água caiu do teto
e se assentou em meio à orquídea,
antes desmaiada.

05 June 2008

RAPPORT – O Ingrediente Mágico




RAPPORT


"Rapport é a capacidade de entrar no mundo de alguém, fazê-lo sentir que você o entende e que vocês têm um forte laço em comum. É a capacidade de ir totalmente do seu mapa do mundo para o mapa do mundo dele. É a essência da comunicação bem-sucedida."

(Anthony Robbins)



Um dos alicerces da PNL e o mais importante processo em qualquer comunicação.

Quando as pessoas estão se comunicando em rapport, elas acham fácil serem entendidas e acreditam que seus interesses são altamente considerados pela outra pessoa. Rapport significa receptividade ao que a outra está dizendo; não necessariamente que você concorde com o que está sendo dito. E quando você está em rapport, algo mágico acontece. Você e os outros sentem que são escutados e ouvidos. Num nível inconsciente, existe o confortável sentimento de "Essa pessoa pensa como eu, eu posso relaxar".


O verdadeiro rapport cria uma atmosfera de confiança mútua. Se você está usando o rapport como uma tática para manipular outra pessoa para a sua maneira de pensar, em algum nível ela sabe disso instintivamente e não irá reagir positivamente. Entretanto, se você se tornou um perito na arte do rapport e a sua intenção é ouvir e ser ouvido, para alcançar soluções ganha-ganha ou para criar amizades genuínas, você irá se tornar um comunicador poderoso e confiável.


Muitas vezes, as pessoas estão naturalmente em rapport. Você já percebeu que alguns casais nos restaurantes estão em sintonia um com o outro e que seus corpos se movem juntos como que dançando? Preste atenção nas crianças brincando, observe as interações nas reuniões, note os amigos num pub. Veja e ouça como o efeito de duas pessoas se movendo juntas produz resultados positivos na comunicação delas. Observe também como a qualidade da interação muda para uma falta de comunicação quando a fisiologia delas não combina e elas estão fora de sincronia uma com a outra.



"RAPPORT INSTANTÂNEO"

em Reuniões ou Comitês usando PNL.
por Jane Herron



Você foi convidado para uma reunião com 8 pessoas que devem tomar decisões. Você está competindo com 3 outras firmas, e tem 45 minutos para fazer sua apresentação e vender sua idéia. Você quer conseguir "Rapport Instantâneo", mas como usar suas habilidades de PNL com 8 pessoas que você nunca encontrou antes?


Aqui estão 3 "pontos-chave" para criar o Rapport Instantâneo em reuniões.


1- Quando você entrar na reunião entregue seu material em mãos (você mesmo). Entregue pessoalmente seu material para cada membro do comitê, apresentando seu nome e o de sua companhia em tom de voz moderado e certifique-se que seu cartão está anexado na parte de cima do seu material.


O que fez com isso? Ao apertar suas mãos você está "forçando-os" a conhecê-lo cinestesicamente. Ao anexar seu cartão à parte superior de seu material, o cliente "vê"(visualiza) você ao vivo e a cores (em carne e osso) e então "visualmente"se lembra de seu nome em preto e branco através de seu cartão. Você está usando os olhos deles de duas maneiras.


Com esta introdução você estabeleceu uma ligação com todas as pessoas orientadas auditivamente (l0%), visualmente (50%) e cinestesicamente (40%).


Você imprimiu uma identidade nos três níveis da mente inconsciente onde 80% de todas as escolhas de comportamento são feitos.


2- Preencha as expectativas profissonais que eles têm a seu respeito. Lidere a sala e a reunião ao posicionar-se no lado oposto da mesa onde está a pessoa que comanda a tomada de decisão. O grupo espera comprar daquele que for o melhor e mais competente.


Para criar esta imagem, use seu conhecimento de PNL conquistando-os usando primeiramente a parte visual de seus cérebros (o l/3 superior), a porção auditiva (o l/3 do meio) e a porção emocional ou cinestésica (o l/3 inferior).


Para fazer isto, primeiro tome uma postura visual (posição de sentido, ombros para trás, cabeça para cima), em posição visual (como apresentador do TV, e além disso fique pelo menos a 2,50m de distância da pessoa que toma a decisão) usando tonalidade visual (mais rápido, + alto, ritmo + entusiasmado) e por fim faça o grupo olhar para você quando você apresenta sua companhia e seu plano (material) através do uso de flipchart, slide, ou demonstração.


Certifique-se que você não está fazendo com que eles olhem para baixo, para o material, e então para cima, para você, para cima e para baixo,etc. Os primeiros l0 minutos de sua apresentação devem ser "para cima sempre" de forma que você esteja acessando o terço superior das suas mentes. Esta é a 3a. parte visual e corresponde a 55% de sua mensagem.


A seguir afaste-se da postura, posição e tonalidade, de visuais. Mude para postura, posição e tonalidade auditivas para acessar o terço médio do cérebro. Embora apenas l0% das pessoas na sala sejam auditivas, 38% da sua mensagem total vem através do som de sua voz.


Para fazer isso afaste-se da cabeceira da mesa e comece a caminhar a volta da mesa e fale em tom "conversacional". Faça perguntas e espere pelas respostas dos membros do comitê.


Qualquer que seja a resposta deles repita as suas palavras (7% da mensagem total) na linguagem deles para "abraçar" emocionalmente o ponto de vista deles (bom ou mau).


Então você pode externar seu ponto de vista.



Repetir é a melhor maneira de marcar as decisões deles, através do uso de suas próprias palavras.


As pessoas compram pelas suas próprias razões não pelas suas! Ao usar de volta as palavras delas você está reconhecendo isso, e de alguma forma eles estão continuamente se conectando com você. Quando você repete as palavras delas use sempre um tom de voz baixo, neutro (como um apresentador de notícias na TV). Nunca use um tom agressivo ou defensivo.

Quando apresentar seu ponto de vista sobre algum aspecto ou benefício acrescente alguma energia e entusiasmo ao seu tom de voz.


Lembre-se o tom de sua voz pode neutralizar hostilidade, resistência e objeções quando é baixo, e pode motivá-los para ação quando você adiciona melodia. Quase sempre você precisará neutralizar primeiro, e então motivar para uma nova ação. O tom é a conexão emocional para seus corações (o sexto sentido, fator decisório para comprar de você ou de algum outro).


3- Para completar a apresentação, sente-se. Lembre-se, se a pessoa que tomar a decisão é visual sente exatamente à sua frente, se a pessoa é auditiva, sente-se em ângulo em relação a ela. E, se a pessoa é cinestésica, fique do mesmo lado da mesa e sente-se ao seu lado. Quando você estiver falando, espelhe sua postura e esteja certo de manter-se em constante contato com sua proposta.


Você está agora ligando-se com o último terço do cérebro, a porção emocional ou cinestésica.


Se as pessoas com poder decisório são visuais aponte algo na proposta e peça-lhes que sublinhem, chequem ou marquem os pontos-chave que você deseja que eles se lembrem (use um ritmo vocal + rápido). Você está fazendo com que eles vejam algo e sentindo isso enquanto tomam notas (olhando para baixo).


Se são auditivos (não precisam ver, mas precisam ouvir) não aponte coisa alguma. Prossiga mantendo contato com sua proposta e simplesmente diga-lhes o que você quer que eles se lembrem.
Seja específico e use um "ritmo" ponderado de voz.


Se cinestésico, corra sua mão sobre cada página lentamente, acaricie, toque, segure a proposta com carinho, e olhe para baixo (para a proposta) use um ritmo de voz vagaroso. Você pode escolher fazer um pouco de cada um dos três procedimentos quando em dúvida sobre quem é o responsável pela decisão.



Agora que você usou suas habilidades de PNL, levante-se, aperte as mãos deles (despeça-se) e saiba que você usou as mais poderosas janelas de comunicação da mente inconsciente.

Sua informação está profundamente enraizada nos computadores mentais deles.





03 June 2008

POEMA DA BOA REALIZAÇÃO


O que eu sei, eu respeito
O que eu ainda não sei,
eu pressinto e guardo
para os dias que terei como verdadeiros
Viver é isso;
o conhecimento sobre o não-conhecimento
que nos torna esperançosos e fartos.


01 June 2008

POEMA DA OBSTINAÇÃO


Sabemos-nos inconciliáveis
sabemos-nos em muito, discordantes
e nos sabemos aparte
Um planeta azul não foi
a garantia de pacto
nem mesmo de ligação
Haverá fora do mundo um termo de paz
e entraremos, sôfregos, nas cláusulas
Por enquanto, é isto que possuímos;
um olhar, uma vontade,
e o insucesso obstinado desta farsa.