14 November 2006

INSÔNIA


Terça feira de crônica insônia
A segunda já havia sido apavorante
E o domingo anterior fora de terror
Chamo a minha velha avó,
A quem eu respeitava como santa
Pra me mandar dormir,
E eu, incrivelmente conseguir dormir
O sono de quem carregara
O fardo mais pesado das prisões.

Chamo a minha velha avó,
Que já não ouve mais
Visita agora paragens estrangeiras
Falasse outras línguas
Rezasse o credo torto
Ou o Latim remado das declinações
Quem sabe dorme minha avó,
O sono de quem carregará
A leveza das paixões
Minhas paixões, minha avó,
Foram levadas,
Foram-me roubadas
Minhas poucas e estúpidas paixões.

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