01 November 2006

QUANDO EU MORRER


Quando eu morrer, não me tragam flores naturais
Que exalam o cheiro da morte
E que lembrará aos vivos que eles também morrerão
Tragam-me rosas artificais
De uma cor só;
Não profanem o cenário com a poluição exagerada
De cores berrantes e faixas encomendadas
Que sejam rosas brancas,
Pouco verde, nenhum ramo,
Para que a minha morte seja como foi a vida;
Monocromática.

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