14 December 2006

VIVER AGORA


Bem agorinha mesmo,
Minhas mãos se revelaram curadoras
Coloquei sobre meus olhos a palma da mão direita
E eles sorriram de novo
E daí passei o ver o mundo
Com aquele sorriso chinesinho de outrora
Que cumprimenta e não chora
E fala em mandarim
Que ri com os olhos

Há a mesma chuva,
Há o mesmo chão
Mas que sentimento azul que se aproxima,
Mas que diáfano esse dia!
Eu me abri em gargalhadas
De sinos próximos
Das festas de reis
Das noites de bumbadas
Abri-me em prismas;
O mundo caducou dentro de mim
E assim ficou;
Delicioso de viver agora.

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