05 January 2007

POEMA DO AMOR QUE VAI


Vinga-te de mim
E expulsa-me
Vinga-te e joga-me ao poço
Dos teus mais profundos quintais
Amarra-me a boca
Prenda-me aos cabelos
Ata-me
Diga-me palavras duras que mereço
Mas não te zangues demais
A ponto de deixar-me;
Porque o furo que fincaste à minha alma
Ainda é dor e ainda é brasa
Não te deixes derivar às tontas
Nem te deixes deixar de te buscar
O sentimento existe,
Mas o mal também existe
O mal sobrepujando o bem
Se é o que não nos vence,
Também jamais unidos nos terá.

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