Inútil te procurar
Dentro das páginas do livro,
Debaixo da minha cama que afofei agora
Em dúzias de travesseiros mornos
Dentro das páginas do livro,
Debaixo da minha cama que afofei agora
Em dúzias de travesseiros mornos
Perto da varanda
Inutilmente te procurei
Onde há um jasmineiro que não flori mais
Inutilmente te procurei
Onde há um jasmineiro que não flori mais
Só decanta o que supus ser natureza
Tu não virás nesta noite
E meu semblante corta-se de lástima
Resmungo um choro
Decresce em mim o pouco de luz
Se há sentimento, desato-me
Se há força, acuo
E meu semblante corta-se de lástima
Resmungo um choro
Decresce em mim o pouco de luz
Se há sentimento, desato-me
Se há força, acuo
Tenho medo de permanecer neste estado
Eu, aqui,
Duas palmas estendidas
No espaço
À espera de um “vem”
Mas é só silêncio o que acho
Quero vingar-me
E mato-me de coragem
Digo não às coisas que são imateriais
Elejo diáfano o meu par
E é diáfano
Eu te procuro
Já não te acho
E mato-me de coragem
Digo não às coisas que são imateriais
Elejo diáfano o meu par
E é diáfano
Eu te procuro
Já não te acho
- Já te disse que dói-me viver?-
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