Macio, feito o capinzal fresco e alto de uma mata
Forte, como o sangue grosso e quente do espanhol
Livre, assim como a parábola que a gaivota inventa
Quando risca o céu
E azul,
Assim seria o poema que escreveria agora
E azul,
Assim seria o poema que escreveria agora
Um lago, isolado
Porém, azul;
Que o barro decantado lhe fosse removido
E que lhe pintassem de aniz a superfície.
Porém, azul;
Que o barro decantado lhe fosse removido
E que lhe pintassem de aniz a superfície.
Assim eu desejaria meu primeiro poema da manhã
Um tanto de água que fosse azul torquoise
Lembrando-me um amor em prismas, espelhado
E uma vida simples,
Que é o acordar, o respirar sem dor,
Um tanto de água que fosse azul torquoise
Lembrando-me um amor em prismas, espelhado
E uma vida simples,
Que é o acordar, o respirar sem dor,
Sem me dar conta
Dormir à sombra de mim mesma,
Esquecer racionar,
Esquecer o escarnecimento do lógico
Esquecer que um dia pensei, pensei
Dormir à sombra de mim mesma,
Esquecer racionar,
Esquecer o escarnecimento do lógico
Esquecer que um dia pensei, pensei
Sem que houvesse interferência do pensar nos atos.
Assim seria o primeiro poema da manhã
Essa paz de ninho, esse azul de água
Essa alegria pequena , dentro dessa calma.
Essa paz de ninho, esse azul de água
Essa alegria pequena , dentro dessa calma.
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