Depois que perdi minha mãe,
(Mas como me pareço com minha mãe!
Esse olhar realçado e as sobrancelhas altas),
Passei a bordar o Monteiro no meu nome
Mas depois que perdi meu pai
Como estou ficando parecida com meu pai!
(As frases feitas, o pessimismo a me abrigar feito chapéu;
Não havia uma palavrinha que não tivesse uma resposta),
Desenho o Figueiredo como se desenha um rosto
Sou carne; serei pó um dia
E me orgulho de ser a rocha que destoa
Fria, irônica, isolada,
No meio desse arenal em que estou.
(já lhe falei que detesto gente morna?)
1 comment:
CECI,
Não tinha visto este texto.
Achei muito bonito.
E tb fiquei grata.
Este é o homem que devemos lembrar
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