Gostaria que meu poema de hoje fosse uma despedida
As despedidas que conheci foram todas irrompantes
Quando perdi, perdi assim, de repente
Embora as ausências já tivessem sido plantadas antes
E o adeus tenha sido apenas uma leve confirmação
Gostaria que meu poema de hoje fosse uma despedida amorosa
Que ainda não conheci
Uma despedida que atrele em si a mais pacífica palavra
O mais brando distanciamento de todos os distanciamentos
O desenlaçar dos dedos, suave,
E que eu leve a lembrança agradecida de quem me curou quando eu estava doente
E de quem tratou a minha pele quando tive frio
Gostaria de me despedir hoje,
Neste poema, no meu último poema da minha última tentativa de engate,
Na minha tentativa desesperada de kamikaze que perdeu a visão,
E se jogou no último minuto, sobre o azul que escondia a fé.
As despedidas que conheci foram todas irrompantes
Quando perdi, perdi assim, de repente
Embora as ausências já tivessem sido plantadas antes
E o adeus tenha sido apenas uma leve confirmação
Gostaria que meu poema de hoje fosse uma despedida amorosa
Que ainda não conheci
Uma despedida que atrele em si a mais pacífica palavra
O mais brando distanciamento de todos os distanciamentos
O desenlaçar dos dedos, suave,
E que eu leve a lembrança agradecida de quem me curou quando eu estava doente
E de quem tratou a minha pele quando tive frio
Gostaria de me despedir hoje,
Neste poema, no meu último poema da minha última tentativa de engate,
Na minha tentativa desesperada de kamikaze que perdeu a visão,
E se jogou no último minuto, sobre o azul que escondia a fé.
Hoje eu desejaria me despedir, devagarinho
Não como o frio intenso que se despediu deste último inverno
Fazia frio, eu estava enrolada em lã,
E subitamente, a qualquer hora da madrugada, sem que eu esperasse,
Sem que eu me preparasse em vigília,
Em meio ao meu sono distraído e denso,
Foi-se.
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