Tenho as minhas bobagens
Sou louca por fera de circo engaiolada
Louca para ver a animosidade do animal,
Sou louca por fera de circo engaiolada
Louca para ver a animosidade do animal,
Preso, assustado,
Os pelos eriçados,
Para depois acostumar-se com o cativeiro
- Dias monótonos passados em picadeiro e grade -
Fui louca por livro
Hoje não folheio nada,
Ninguém mais me diz o que é bom e o que é eterno
De resto, quero dedicar-me a não sofrer nem mais um tiquinho
E se doer, eu me belisco
Que é para a dor do beliscão ficar mais roxa
Os pelos eriçados,
Para depois acostumar-se com o cativeiro
- Dias monótonos passados em picadeiro e grade -
Fui louca por livro
Hoje não folheio nada,
Ninguém mais me diz o que é bom e o que é eterno
De resto, quero dedicar-me a não sofrer nem mais um tiquinho
E se doer, eu me belisco
Que é para a dor do beliscão ficar mais roxa
Que a roxa dor da paixão que me devorou
As minhas bobagens são poucas,
E são alegres, leves, inconsequentes, calmas,
Quando quero, rio
E quando não quero
Sou a carranca que enfeita a ponta do barco que ruma para Belém
As minhas bobagens são poucas,
E são alegres, leves, inconsequentes, calmas,
Quando quero, rio
E quando não quero
Sou a carranca que enfeita a ponta do barco que ruma para Belém
Feia, mas cheia de beleza,
Tanta feiúra que chega a doer, de tão bom
Se meus pensamentos valessem peso
Eu era um fardo que carregava os vales
Mas pensamento não tem viagem, nem ticket,
Nem assento de primeira que me leve agora para os ares
As selvas dos meus anseios, eu mesma abro em picada
Guarda-me, meu anjo bom, das pessoas ruins
Porque de ruim já tenho eu, que não me guardo.
Se meus pensamentos valessem peso
Eu era um fardo que carregava os vales
Mas pensamento não tem viagem, nem ticket,
Nem assento de primeira que me leve agora para os ares
As selvas dos meus anseios, eu mesma abro em picada
Guarda-me, meu anjo bom, das pessoas ruins
Porque de ruim já tenho eu, que não me guardo.
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