Hoje não falaremos de amor
Não obstante, tudo que falaremos, será de amor
Porque se eu falar-lhe de ressentimento
Ressentimento é amor desprezado
E se eu falar-lhe de mágoa
Ainda assim, a mágoa será o amor ferido
Se lhe falo de desapontamento
O próprio desapontamento é a expectativa do amor frustrado
Hoje então, falaremos do amor às avessas
Que também será uma forma de amor.
Amor bom é amor que aponta para frente
Mas o amor manco, o amor dividido, o amor serrado pela metade
Embora amor,
Sugere a face mascarada do anti-amor
Que é o amor sendo desamado
Hoje então falaremos do desamor
Que nada mais é do que o amor cobrado.
Ouçamos "La vie en Rose"
Uma melodia longa, cheia de blues da saudade
E cultivemos o que há de melhor em nós
A nossa lembrança de avivar o amor
Soprar o amor, como se fosse brasa.
2 comments:
Cecilia
Guardarei estes versos do teu belíssimo poema
excelente.
Andresa
Adorei este.
La vie en rose....adoro.
Post a Comment