Dedico este poema ao meu leitor que ainda continua anônimo, e que me deixou um comentário para que eu escrevesse COMO ARRUMAR UM AMOR.
Como arrumar um amor eu ainda nao sei, mas como desfrutar dele, aí vai:
Ah, as delícias de se gostar de um amor
A pele branca a percorrer como em viagem
Sorriso grave, contundente e alargado
Em meio às febres e aos tremores adiantados
As convicções do amor,
As cruzes que o ventre cola
Nas partes mais secretas vindo à mostra
As lonjuras, agora vivas e fatigadas.
Ah, as delícias de se gostar de um amor
Não há cama que gema
Nem lençol que arrepie
Há prazer somente entre a minha noz acastanhada
E os pêlos desse amor,
Que igual à corça encantoada,
Eriçam de dor,
Dor de carne,
Que dói e dói,
Enquanto não se baste.
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