15 December 2006

CUIDE-SE


Cuide-se bem, meu bem, cuide-se bem,
Porque a sua vida está feito as rãs da minha infância
Quando eu era uma criança
Quando chovia tanto
Que habitavam as rasas poças d´água
Essa profusão de vida
E a confusão de seres para amar
E conviver
Neste seu espaço exíguo e apertado

Sua vida é cheia dessa várzea
Que é preciso cuidar prá não minar
Mas a minha, meu bem, a minha vida
É o oceano azul das praias do passado
Que vai e volta
Que recua em ondas
Mas na verdade não muda de lugar,
Não cisma, não responde,
Vive sozinha em plenitude de quietude;
Na minha vida de hoje
Não há o que cuidar.

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