Tédio, que tédio;
Turbinar o tempo é o que tenho
Transformar o trapézio em fino trapo
Tonificar o tônus dos meus atos
Traçar os tolos tratados
Turbinar o tempo é o que tenho
Transformar o trapézio em fino trapo
Tonificar o tônus dos meus atos
Traçar os tolos tratados
Traduzir o talvez
Trocar o tabaco
Por algo mais tácito
Trocar o tabaco
Por algo mais tácito
Trazer para mim o teatro
E contemplar, atônita, o tablado
Tirar do tatame as trapaças
Teimar em tirar a tampa
Tirar do tatame as trapaças
Teimar em tirar a tampa
Do tampouco, do tornado
Topar as touradas internas
Tomar os tiros do tártaro
Topar as touradas internas
Tomar os tiros do tártaro
Tagarelar em tupi
Trapacear no barato
Tabular tantos temores
Tombar sobre mim o talco
Tocar a tez da toalha
Tender a ser tonta demais
Tabular tantos temores
Tombar sobre mim o talco
Tocar a tez da toalha
Tender a ser tonta demais
Temer a tarântula trágica
E transformar o tender
Em tilápia
Transviar-me para o túnel
Tirar o meu bem para um tango
Tirar o meu bem para um tango
Trocar o Monteiro
Por qualquer Tavares
Tentar ser mais terna
Tocar um trompete
Tentar ser mais terna
Tocar um trompete
Para tropicalizar o tambor
Tomar um grapete
Treinar uma trégua
Tingir o tapete
Atolar um tatu
Terceirizar a ternura
Terceirizar a ternura
Em arte estampada
Temer o tirano
E atormentar o tinhoso
Entardecer todo dia
Atrasar-me às três da tarde
Atirar alguém no tucupi do pato
E apertar-me pateticamente o sapato
Mas tudo o que tenho é tédio,
Tédio tremendo
Tédio teimoso,
Tédio esticado.
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