16 April 2007

CÉU DE ABRIL


Quem viveu mil anos sobre a Terra
Como eu, que fui aprisionada em cativeiro e fuga
Compreendeu enfim, que a felicidade pequenina e intocada
Estava naquele céu de abril que repetia-se
Profundo como a mágoa que eu trazia
E azul como o desprendimento do qual me vestirei.
Claro que haviam os passarinhos
Que vieram por certo celebrar meu novo norte
Estavam curiosos por me ver lá fora
Enquanto eu estava, como estou agora
Aliviada, por sabem que eles viriam
Como têm vindo, certos, ao longo da jornada.
- Para mim o passarinho é o aviso que a poesia
Não me abandona, não foge, nem se distancia
Onde quer que eu vá, ela suspira. -

1 comment:

Ana said...

Maravilhoso!
bj para ti Cecília