28 April 2007

NOS PRATOS DA BALANÇA


Para você, que ficou
Ficou também um partido de coração
Uma angústia de passagem
Um grito que abafou a garganta
E um sentimento repleto de pavor
De que eu não volte mais ao meu estado
Que eu enfim me restabeleça do turvo e do passado
E que eu lhe veja, agora longe
Mais distanciado
Ainda sou mansinha,
Ainda tenho a carne tenra e um jeito de menina
Ainda sei amar
Mas na lonjura, no vértice dos seus olhos
É que vou entrar nos pratos da balança
Saber o que é meu
E o que nunca mais será


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