14 May 2007

POEMA DO AMOR PERFEITINHO


O amor perfeitinho que eu buscava
Tinha que ser assim
Uma caneca de café à hora que meu sorriso primeiro se doasse
Na fresca e quieta hora da perfeita madrugada
Uns véus de seda e linho quando eu me achasse mais despudorada
E por baixo, nada,
Um perfume que se me jogasse nos cabelos
E no descidão do liso do meu colo
Feito montanha que releva a forma
E umas palavrinhas baixas,
Calor interno que contraste com o frio desse Maio
Uns banhos de banheira negra espumada
Um par de braços que abrace e não aperte
Um jogo de pernas que segure e não engate
Uma cabeça aérea, como a minha
Que não me esqueça
E só me guarde.

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