Longe de mim
Há uma gaze de simples desculpas
E um frescor de matas que ainda nem conheço
Hei de conhecer as matas que me esperam
E o céu de frio que desejo
Debaixo das minhas cobertas
Se hoje estou só
Foi porque desejei estar só
E me reino toda
Sou eleita e vice,
Sou patrão de mim a toda hora
Jamais permitirei que me assentem
Ou que me regularizem
Sou o fermento da massa
E o sal da terra
Quero a mim mesma plena
E a mim, completa
Quando vi pela primeira vez um passarinho
Achei que eu estava do lado errado
O passarinho deveria ser eu mesma
E eu, à sombra de uma árvore
Dê-me liberdade, que serei feliz
Dê-me o espaço, que serei eu mesma
Porque tudo o que eu quis, eu consegui
Mas não foi imerecido, nem favorecido,
Foi sonhado e suado.
Hoje, o amor
É a palavra que carrega afeto
E o meu ar, que respiro, sôfrega
No mais, espero.
1 comment:
Achei tão bonito, CECI.
Gosto quando usa palavras de cunho diminutivo...como passarinho!
Poema suave, gostoso como o calor deste lugar onde estamos...
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