que não existe mais;
Um Natal de quando somos crianças
e que lá fora nem existe,
Um Natal de busca de proteção
e da realidade da proteção,
Como naquele Natal,
eu ainda pequenina,
E podia estar dentro
Um Natal de quando somos crianças
e que lá fora nem existe,
Um Natal de busca de proteção
e da realidade da proteção,
Como naquele Natal,
eu ainda pequenina,
E podia estar dentro
do colo de minha mãe,
Refletindo,
Refletindo,
no sentido molhado dos olhos,
o translúcido das luzes da cidade,
que era absurdamente sobrenatural
aos meus olhos naturais.
Desejaria reviver um Natal
de quenturas de cama revolvida
De beijos estalados
em meio à saliva farta de champagne
Ou de qualquer bebida
que amornasse os adultos,
Que lhes modificasse,
Que lhes tornasse santos,
como eu lhes quisera santos.
Um Natal onde só eu ficasse
À meia noite acordada
Ouvindo os passos,
Não de alguém que sorrateiro, me visite
o translúcido das luzes da cidade,
que era absurdamente sobrenatural
aos meus olhos naturais.
Desejaria reviver um Natal
de quenturas de cama revolvida
De beijos estalados
em meio à saliva farta de champagne
Ou de qualquer bebida
que amornasse os adultos,
Que lhes modificasse,
Que lhes tornasse santos,
como eu lhes quisera santos.
Um Natal onde só eu ficasse
À meia noite acordada
Ouvindo os passos,
Não de alguém que sorrateiro, me visite
e com estardalhaço, parta,
Mas de alguém que, mansamente,
Venha, fique e que me baste.
O melhor do Natal não é celebrar a vida
Mas a lembrança do sentimento
mais puro que a vida traz.
2 comments:
Que poema mais lindo Cecília
Vou fazer deste poema o meu post de Natal dia 24.
Parabéns.
bjs
Feliz Natal.
O Natal par mim, tra sempre a imagem do RC.
Mas não do PAPAI NOEL.
Ele deve ser o "meu" ser, que desce pela chaminé.
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