16 July 2010

POEMA DOS TRÊS SUSPIROS


Suspiramos três vezes 
quando nos abandonamos;
o primeiro suspiro foi do alívio fresco,
o novo alvissareiro tombo
falsicado de promessas velhas
que não desejávamos mais;
o segundo veio carregado
das surpresas mornas,
aquelas que acariciamos ,
quando tantas vezes ficávamos distantes,
e que gozamos delas,
por cima das novidades.
O terceiro suspiro foi o que mais contou,
porque foi verdadeiro;
deu-nos um medo de morte
pelo o que já fomos,
pelo o que agora somos,
e pelo o que há de vir para nós,
não obstante, nossas súbitas coragens.

2 comments:

T@CITO/XANADU said...

O suspiro,
Deixa escorrer
Tudo que brota
De nós.

O beijo,
Cala teu canto,
Engole as palavras
Que saem de ti...

Tácito

Soaroir de Campos said...

Olá poeta, venho retribuir a gentil visita e parabenizá-la pelo talento. Paz e Bem