02 February 2007
PÉ DE PITANGA
Um pé de pitanga nasceu aqui ao lado
Impossível pitanga em fruto imprevisível
Num solo duro, árido e faminto
Mas se nasceu, há que se fazer criar a pitangueira,
Há que se torcer por ela, rogar a força e a reza
E o vingar de todas as vontades
Assim é o afeto, que inesperado, nasce agora
Neste impossível espaço de mim mesma
Indiscutivelmente amor-pitanga que nasceu impróprio
Pra esse coração tão ínfimo, tão só e incompleto
Hei de querer todos os frutos, pitangueira,
De meus invernos, dos verões, das tardes preguiçosas,
Hei de querer os delicados cachos de bondade,
E toda cumplicidade do amor não-sei-porque
Se nasce um fruto milagroso no cimento
Que eu pasmada, vejo crescer em teimosia
Faço valer o meu direito de poeta
Deixo crescer o fruto em sentimento
Venham pitangas, venham vindo aos montes,
Trazendo o gosto infantil do meu amor primeiro
Que qual pé de fruta,
Um amor nasce, se fortifica e cresce,
Milagre semeado, pitanga dos afetos,
Que cresce agora no cimento do meu peito
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2 comments:
Brigadu....
Parabéns!!!!! Muito lindo!
Adorei as poesias!
Suas fotos estão maravilhosas, tudo perfeito, tem a sua cara.
Beijo grande
Moniquinha
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