Teus olhos minguaram-se diante de mim
Eram só um caldo verde português
Insípido e ralo
Que não me agradou mais
Fecho meus olhos sobre ti
Tenho dúvidas e apelo
Para o que mais me dá desânimo e parto
Sou pomba rola
E tu,
Tu foste o único filho que tive e que me rejeitou
Tu foste a poesia minha,
Desesperada quando eu a queria
E terna quando eu a tinha
Mas minguaste,
Eram só um caldo verde português
Insípido e ralo
Que não me agradou mais
Fecho meus olhos sobre ti
Tenho dúvidas e apelo
Para o que mais me dá desânimo e parto
Sou pomba rola
E tu,
Tu foste o único filho que tive e que me rejeitou
Tu foste a poesia minha,
Desesperada quando eu a queria
E terna quando eu a tinha
Mas minguaste,
Eu mesma te impedia
De ser a escassez da minha poesia
E dos teus sonhos interrogativos e imensos
Lutei e arrebentei-te as pedras
A fim de que tivesses mais espaço
Minguaste assim mesmo;
E ficou em mim
A fonte da água viva que nunca mingua
E ficou em mim
A fonte da água viva que nunca mingua
Essa poesia triste de quem se sabe só
Mas mina,
Em mim
Em ti, não mais.
Mas mina,
Em mim
Em ti, não mais.
1 comment:
Ceci,
Que bonito. Eu carreguei para dentro de mim, seu lamento.
Acho que tb era um pouco meu.
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