28 June 2007

ADEUS



Fiz-te de doce, amargaste
Fiz-te macio, encrepaste
Fiz-te um tempo sem amarras
Agarraste-te aos mais irados varais
Preso no solo, preso no ar.
Nada do que te fiz fincou-te ao meu lado
Ora fosse a confusão dos sentimentos que te despertaram
Ora fosse a lua que minguara
Ora foste tu mesmo
Empedernido dentro das tuas razões
Não que eu desistisse de ti
A vida desistiu de ti;
E eu te desisti na vida
Porque não pude ser mais doce
Desamarrei-me também de meus varais
E nos meus quintais de hoje
Também há lua que mingue
E que flutue
Bordando no sereno,
A última palavra desta cena
Onde se lê,
Adeus...

2 comments:

Anonymous said...

CECI,

Como entendi este poema!
Como ele chegou fácil para mim.
Não sei mais o que dizer.
Agora só esquecer.

Anonymous said...

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