Olho meu suposto irmão
Para que me conforte
Meu irmão tem tudo de mim
As minhas pequenas causas
As dilacerações...
Não lhe tenho compaixão
Porque ele não me tem compaixão
Estamos sós;
Eu e meu irmão
Separados pelas indiossincrasias
Separados pela mesma verve
E pela mesma traça
Não quero meu irmão sorrindo
Nem quero meu irmão matando
Quero-me só,
Quero-lhe só,
Quero comparar-me a ele à hora do instinto
Se houver instinto pairando sobre nós
Depois não quero nada
Quero-me assim
Eu aqui, ele do lado
Meu suposto irmão
Aquele a quem eu deveria amar com a mim mesma
Mas nosso amor mutuamente castigado
Individualmente castigado,
Não me permite amar como devesse.
1 comment:
É muito bonito.
mas fiquei procurando referências.
Não devo fazer isto.
Sua poesia não pode ser relacionada ao cotidiano.
Ou relacionamentos.
Não sei direito o que pensar
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