Diga-me que quando você morrer,
E duvido que morrerá,
Que levará consigo um dos meus poemas
Que estará rezando um dos meus poemas como se rezasse
Que levará consigo um dos meus poemas
Que estará rezando um dos meus poemas como se rezasse
O credo para quem crê em mim
Para livrar sua alma de pecador
Para livrar sua alma de pecador
Que pecou comigo
E de arrependido de alma num sufrágio
Diga-me que um poema meu lhe libertará dos males
Adquiridos nesta passagem absurda dos seres
E que lhe lavará as vestes
De um branco puríssimo que encantará
Espírito por espírito
E de arrependido de alma num sufrágio
Diga-me que um poema meu lhe libertará dos males
Adquiridos nesta passagem absurda dos seres
E que lhe lavará as vestes
De um branco puríssimo que encantará
Espírito por espírito
Lá onde eles moram
Na cadência dos meus versos
Que não rimam
E nem têm sentido
Diga-me que me levará consigo,
Para onde você for
Para o azul dos ares
Para a poeirinha que voa
E que ninguém vê
Posto que é o tempo
Passado entre nós na terra
E ainda viva, entre nós, no ar
Mas diga-me que minha poesia
É a sua esperança e a sua saudade
A sua dor, como é a minha dor
E a sua rendição de alma
Na cadência dos meus versos
Que não rimam
E nem têm sentido
Diga-me que me levará consigo,
Para onde você for
Para o azul dos ares
Para a poeirinha que voa
E que ninguém vê
Posto que é o tempo
Passado entre nós na terra
E ainda viva, entre nós, no ar
Mas diga-me que minha poesia
É a sua esperança e a sua saudade
A sua dor, como é a minha dor
E a sua rendição de alma
Como a minha própria alma;
De consolo e de renovação
De consolo e de renovação
De pureza e de leveza
Diga-me que a minha poesia foi o que lhe manteve
Firme nas enrolações das crises
E frágil nos momentos da minha mais pura ternura
Pois é isso que lhe dou;
Pra sempre
A minha poesia,
O meu sentido de explicação do mundo
E o meu olhar, farto, alentado,
Que vai embutido dentro do meu verso
O olhar de quem sabe que tudo é vão
Diga-me que a minha poesia foi o que lhe manteve
Firme nas enrolações das crises
E frágil nos momentos da minha mais pura ternura
Pois é isso que lhe dou;
Pra sempre
A minha poesia,
O meu sentido de explicação do mundo
E o meu olhar, farto, alentado,
Que vai embutido dentro do meu verso
O olhar de quem sabe que tudo é vão
Mas não é vão o que lhe leva longe
Que seja o meu verso o que lhe levará
Essa poesia ainda ingênua,
Ainda desejosa de ter asas
Para que a poesia lhe seja leve,
Para que eu ainda, lhe seja leve,
E lhe deixe voar.
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