Estou num momento em que, se há anjos
Um pousou agora sobre meu ombro direito
E me sussurrando ao ouvido
Me mandou trilhar o caminho
Onde, se há maldade, eu como a maldade
E se há conveniências, eu recolho todas
E ainda mando timbrar em cartório com selo de eternidade
O pré-contrato da ambiguidade que me tornou assim
Hoje, estou caindo de madura
Amanhã, uma serpente
Que eu disfarço debaixo dos meus guisos de euforia
Um pousou agora sobre meu ombro direito
E me sussurrando ao ouvido
Me mandou trilhar o caminho
Onde, se há maldade, eu como a maldade
E se há conveniências, eu recolho todas
E ainda mando timbrar em cartório com selo de eternidade
O pré-contrato da ambiguidade que me tornou assim
Hoje, estou caindo de madura
Amanhã, uma serpente
Que eu disfarço debaixo dos meus guisos de euforia
De lerdeza e de preguiça
No dia em que me apaixonei
Senti que estava indo para o caminho errado
Onde as placas de indicação eram todas adulteradas
E não havia anjo que desentortasse
Agora que me desapaixonei
As placas nem foram retificadas
Só tem um anjo à porta da estrada
Ele está com o dedo em riste
Dizendo,
"Volta"!
Eu não volto, não
Anjos não sabem o que é amor
Nem o que é a praga do desamor
Anjos sabem de sussurro e sopro,
Eu sei de dor.